lunes, marzo 28, 2005

Comunidades extintas, culturas extintas

Indígenas de todas as três Américas, Tribos de toda África e Ásia, Ciganos de toda Europa e Ásia, Aborígenes de toda Oceania, Esquimós de toda Região Polar Norte, e tantos outros.. Maravilhosas culturas perdidas. Indescritíveis experiências perdidas. Só restam agora os zoológicos humanos, como as terras demarcadas no Brasil, como a fome e a SIDA diluída em terras tribais africanas, vazio de caça e agricultura em terras australianas. A história da "evolução" humana é quase toda substitutiva e quase que jamais sintética, ou somativa. Culturas novas estupram as antigas ao invés de a elas se mutualizarem. É certo que nada dura para sempre, a não ser a Idéia, e então pelo menos essa poderia ficar. Uma sociedade repleta de museus não é uma sociedade que preserva seu passado, é uma sociedade burra que intenta driblar massacres que ela mesma muitas vezes não reconhece. Não me cansarei de escrever e dizer que a essência ecológica é a união, a interseção, a síntese. O estupro, protótipo gesto anti-ecológico, expressa-se enquanto dominador, sobrepositor que em sua própria natureza não reconhece aquilo ou aquele que escapa das fronteiras de seu universo, de sua pele. O estuprador pressupõe uma fronteira entre seu corpo e o corpo do outro, do contário estupraria a si mesmo. Não existem fronterias, existem membranas. Membranas não dividem países, não se compõem por arames farpados ou pele dessa ou daquela distante cor. Membrana pressupõe troca, seletiva, sempre. No máximo uma diferenciação, jamais uma exclusão ou um "estar alheio" como somos nós com o lixo quando este já não mais está em nossa casa ou na calçada aguardando o caminhão. Para onde vai e o que acontece com o lixo que sai desse caminhão? Queima-se, é enterrado, é de alguma forma reciclado? Para museus acho que não vão, é a única certeza que talvez eu poderia aceitar.

viernes, marzo 25, 2005

A África e você .. ALHEIOS


O que acontece lá longe acontece quase que do mesmo jeito aqui do lado. O que acontece lá fora acontece quase que do mesmo jeito aqui dentro. A literatura e geografia africanas denunciam a condição da vida africana que se obscurece ou mesmo extingue-se sob a microscopia do vírus da Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida e da macroscopia da fome assoladora, ambas sobrevoadas por moscas e restos de poeira que se mesclam no chão e no ar com grãos de arroz talvez transgênicos e assim portadores de cancêr, bombardeados desde aviões militares de povos extrangeiros, de povos exploradores, de povos ALHEIOS. O que acontece lá longe acontece quase que do mesmo jeito aqui do lado. O que acontece lá fora acontece quase que do mesmo jeito aqui dentro.

lunes, marzo 21, 2005

Feliz No Ruz!

Um novo dia.. É o ano novo iraniano.. Imagine um ano cheio de "anos novos", ou seja, de datas especiais. Acho que seria bem legal um ano e vida repletos de dias e momentos alegres ou até mesmo felizes. Pois isso parece ser bastante possível na expressão mais natural da diversidade cultural e ecológica. Sem querer demorar-me em demasiado na explanação de meus motivos para acredita-lo, digo somente que o ódio está contido no amor verdadeiro e que aquele não é nem contrário nem necessariamente pior que este; e que iranianos e não-iranianos poderiam "usar" o dia de hoje manifestando, digo, agindo, no sentido de sentir UM NOVO DIA em suas vidas sempre acopladas às vidas de todas os entes aqui, lá e ali existentes. C'est très claire à moi depuis longtemps..

viernes, marzo 11, 2005

Princípios de Ecologia Humana

Nós humanos chegamos por último neste Planeta. Claro que existem novas variedades virais a cada instante mas pode-se dizer seguramente que chegamos aqui por último. O fato de termos desenvolvido os cinco saberes faz de nós os donos de todo Planeta, incluindo seus habitantes? Os cinco saberes são a Religião, a Ciência, o Senso Comum, a Filosofia e a Matemática. A arrogância talvez seja a grande característica diferencial entre humanos e não-humanos. É, a arrogância é sempre arrogância humana; exclusivamente humana. O problema da arrogância é que ela não é sintética, mas sim segregatória; essencialmente segregatória. Ora, o princípio da Ecologia é a síntese, a junção, a cooperação, a relação entre vários; características absolutamente distintas daquelas que constituem e caracterizam a arrogância. Os vegetais são especialmente bons em relações cooperativas, em especial o mutualismo. Na verdade, o critério a incluir os seres humanos em uma quarta categoria viva, isto é, inclui-lo quase em um quarto filo, independente, é um critério bastante representativo dessa arrogância; é praticamente ela própria em sua manifestação mais sublime. Claro que somos diferentes, únicos. Importa identificar de onde vêm essa arrogância. Seria também advinda do fato de nossa espécie não ter predadores? Nossa diferença e unicidade deveria ser canalizada única e simplesmente à manutenção daquilo que não é humano, ou melhor, daquilo que também inclui o humano: a Vida. Enquanto seres extremamentes cognitivos e afetivos, essa deveria ser nossa única tarefa. É possível que algumas sociedades antigas tenham se aproximado desta idéia. Vale dizer ainda que estou a considerar apenas a Ecologia deste planeta Terra. Outros princípios seriam incluídos em uma parola acerca de outros sistemas exosTerra.