Pecuária e soja transgênica
O futuro da região amazônica paraense na qual a missionária americana foi assassinada é o mesmo futuro da Amazônia em território amazonense e amapaense: devastamento para "limpar" o campo para a chegada do gado (para a indústria do corte e talvez também do leite) e para a chegada monocultura da soja, com certeza trasngênica já que agora está liberado pelo governo da República Federativa do Brasil o plantio e comercialização do grão e da semente. O Rio Grande do Sul colhe (e claro, comercializa) soja mutante há mais de 7 anos. A Argentina também. Sim, todo mundo que come soja hoje dificilmente não come soja transgênica; pobre dos vegetarianos, que adotam uma dieta exatamente para manter-se mais próximos da Natureza, essencialmente não-transgênica. A pecuária não é um sistema ecológico. Tampouco a monocultura, que reduz a biodiversidade das espécies vegetais e consequentemente das minerais e animais. As comunidades ecológicas sabiam disso: sempre houve rotação de produto e de terra nos sistemas indígenas americanos, ou a diversificação de produtos na mesma terra, favorecendo a relação de mutualismo entre os produtos cultivados. Temos conhecimento, dinheiro e pessoas suficientes para uma agricultura ecologicamente viável.
