viernes, julio 23, 2004

Tem esse passado que sempre se (re) atua liza..

eu te disse naquele dia que jamais eu iria embora antes de te ver esborrachar em algum lugar com aquele sentimento distante porém tocável e incrivelmente necessário à sua vida verdadeira. eu te disse também que sempre voltaria.. que, a partir daquele dia, seria eu sempre que te procuraria.. e procuraria-te para sempre; não todos os dias entretanto. seria necessário alguns momentos de falta, carência e abandono para você sentir aquela brisa densa passar por teus vasos sanguíneos frios trazendo todas aquelas imagens de todos aqueles sonhos. "nunca pensei que eu teria de mudar todas as palavras que escrevi a você.. não pensei que isso aconteceria tão rápido.." (dmx). não queria ter de, necessariamente, esconder-me por detrás dos meu 'fazeres' nessa vida de vinte e cinco anos bem completos. é difícil escutar dance of gays e dead fish, ir em um ou dois shows em são paulo e não se emocionar (ainda!) com tudo isso; é difícil não sentir inveja simplesmente porque eu acredito demais na minha música, em minhas melodias emopunk ou algo assim que, nada além, só refletem coisas que aqui dentro teimam em passar. mas elas podem estar passando; mudando. o tempo não pára, né cazuza? não enxergo-me nesse sonho com uns anos a mais. estou cansando-me. estou cansando-me de veras. eu tenho tantas idéias talvez boas ainda entretanto. dá pena; tenho pena delas pois não tiveram oportunidade verdadeira para se mostrarem ao mundo. p'ra e por mim, eu tentei de verdade, tentei mesmo. não sei se faltou cultura, se eu tinha de ter ido para outro estado ou páís.. pessoas com certeza faltaram. se eu tivesse nascido com sangue psytrance ou goa nas veias eu poderia ter feito tudo sozinho. mas, pessoas, são indispensáveis na minha vida. não dá para voltar atrás mesmo acreditando que, pelo menos um poquinho, bem poquinho mesmo, o tempo é uma questão de posição espacial humana. abrir espaço para a relatividade às vezes é abrir espaço para as escolhas pessoais e talvez liberdade tenha a ver com isso. a cada dia parece ser mais difícil controlar tudo aquilo que entra na minha boca sempre com aftas; não lembro de que antes eu comia poucos ou menos doces, fazê-lo hoje tem trazido mal-estar fisiológico e psicológico para mim. acho que sempre dependo de algo, puta merda! sempre fica aquele espaço vazio desesperado para ser preenchido (e/ou sempre fica aquele a mais desesperado para ser retirado). exercícios físicos ficaram para trás; nem recordo-me mais do lugar do esporte no meu ser (refletir sobre isso em ano de jogos olímpicos é foda); começo a ver-me naquelas propagandas nas quais o pais nunca tem tempo para brincar ou fazer qualquer coisa com o filho. tenho dor de cabeça agora suficiente para parar de escrever e ficar um pouco distante do monitor.

miércoles, julio 21, 2004

" acabo sempre ligando.."

existem tantos significados
   [eles existem sob as luzes quando apagadas]
sem esperar.. sem coração
aberto a declamar  [até o fim e cada vez assim X assim X assim]
  [ruídos de sempre frias dores] açores cercados por h@llí..
 
xx curtos xx días xx intensos xx estrêllas xx de hecho ahora no puedo escribir xx no siempre es así xx si me encontré allá no es muy sencillo dentro.. xx en mí xx canción que despierta oídos cercano xx no lejos en que lloro y risos xx te voy reverte xx che xx